Os desafios da sociedade, atuais e das próximas décadas, como o aumento das doenças crônicas, sofrimentos psíquicos e o envelhecimento populacional, expõem problemas complexos que o modelo de cuidado médico dominante focado nas doenças é insuficiente para dar respostas satisfatórias e insustentável do ponto de vista econômico e social.
Desde a Conferência Mundial de Alma Ata (1978), a Organização Mundial de Saúde recomenda a inserção das Práticas Integrativas e Complementares como um dos meios para o acesso universal à saúde. A partir de 1988 o Brasil vivenciou uma reforma sanitária que trouxe a mudança de um modelo focado na doença para uma atenção integral voltada para a saúde da pessoa e da comunidade promovida de forma multiprofissional.
Considerando estes aspectos e comprometidos com a saúde pública de qualidade para todos, a REDEPICS - Rede de Atores Sociais em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde - manifesta o apoio à inclusão das novas práticas integrativas na política nacional, visto que elas contribuem para a legitimidade da clínica ampliada e dos diferentes recursos terapêuticos na perspectiva da atenção integral à saúde e bem estar.
Certos de que este é o caminho, a REDEPICS apoia a ampliação do cuidado com as práticas integrativas, com valorização das medicinas tradicionais e populares do Brasil.
Também reivindica que sejam tomadas as medidas necessárias capazes de garantir a efetiva inserção das práticas integrativas no SUS com qualidade e segurança. Para tal, são necessários recursos financeiros suficientes, formação apropriada, respeitando a complexidade e totalidade de cada área e cultura, condições adequadas de trabalho, insumos e equipamentos, bem como avaliação e monitoramento sistemático da implementação e estimulo a pesquisas.
REDE NACIONAL DE ATORES SOCIAIS EM PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE – REDEPICS
